As transformações químicas sempre fascinaram a humanidade. Os egípcios desenvolveram técnicas de extração de corantes de vegetais, e os fenícios, de extração de tintas de moluscos. Porém, a ciência química, basicamente, surge no século XVII, a partir dos estudos de alquimia, populares entre muitos dos cientistas da época.
A alquimia surgiu em diversas civilizações (chinesa, hindu, árabe e européia), diferenciando – se pelas concepções de mundo de cada cultura. Em comum, todas desenvolveram técnicas arcaicas de transformação.
As características marcantes da Alquimia foram seus ideais inatingíveis: a busca da “Pedra Filosofal” que continha a fórmula que poderia transformar metais em ouro, a chamada “Transmutação”, e de um elixir da longa vida, que permitiria a imortalidade. Embora nunca tenham sido alcançados pelos alquimistas, esses objetivos trouxeram ganhos bastante concretos: permitiram o desenvolvimento de aparelhos, técnicas laboratoriais e substâncias fundamentais para o desenvolvimento da ciência.
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A alquimia era fundamental em dogmas, ou seja, em crenças assumidas sem discussão. Para aceitar suas verdades preestabelecidas não era necessário, portanto, fazer uso da experimentação sistemática. Com o Renascimento, no século XVI, essa maneira de pensar foi mudando e uma nova forma de buscar conhecimento surgiu: a Ciência Experimental Moderna.
Essa mudança teve a contribuição de várias pessoas. O médico, filósofo e alquimista suíço Paracelso, Philipus Aureolus Theophrastus Bombast von Hohenheim (1493 – 1541), mesmo ainda ligado à alquimia desenvolveu estudos que deram início à química médica (quimiatria). Vários outros estudiosos, entre os quais se destaca o físico e químico irlandês Robert Boyle (1627 – 1691), desenvolveram técnicas experimentais na produção metalúrgica e na preparação de diversos materiais.
Todos esses estudos permitiram a elaboração de novas teorias. Uma das mais marcantes para a história da Química foi a teoria do flogístico, proposta pelo químico alemão Georg Ernst Stahl (1660 – 1774). Em 1731, ele propôs uma teoria explicativa para a combustão: segundo ele, os corpos combustíveis teriam como constituinte um “elemento”, denominado flogístico, o qual era liberado durante a queima. Essa teoria ficou muito famosa na década de 1750.
Porém, a Química, como tal, começa um século mais tarde, com os trabalhos do francês Antoine Lavoisier e suas descobertas em relação ao oxigênio, à lei da conservação da massa e à refutação da teoria do flogístico como teoria da combustão.
Lavoisier contribuiu de maneira significativa para estabelecer um novo método de investigação que caracterizou o nascimento da Química como Ciência experimental. O seu trabalho e o de outros químicos da época, como o escocês Joseph Black (1728 – 1799), contribuíram para demonstrara necessidade do uso de balanças nos estudos da Química.
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